O chrysantthemum, popularmente conhecido no Brasil como crisântemo, é a flor oficial do Japão, ainda que seja de origem chinesa.
Por Yume Ikeda, de Tóquio
A história que envolve o crisântemo é tão rica quanto a nobreza do trono japonês, o Trono do Crisântemo. A flor que estampa hoje os passaportes do país do sol nascente, também esteve presente nas suas primeiras moedas desde que, no ano de 910, passou a ser parte do selo e do brasão imperial assim como da Suprema Ordem do Crisântemo, honraria concedida pelo imperador aos súditos que se destacam no Japão e no exterior.
Trazido da China por monges budistas no ano 410, o Kiku (菊), ganhou o nome grego de Chrysanthemum pelas mãos do pesquisador Carolus Linnaes e surge da combinação do prefixo grego chrys (dourado) e anthemon (flor), portanto a flor dourada que com suas pétalas lembra o sol, símbolo máximo do Japão, e que por sua perfeição encantou a nobreza dos tempos feudais. Deu ainda origem à lendas de que basta uma pétala da flor num cálice de vinho para que se conquiste longevidade e prosperidade, palavras que os japoneses vinculam com o mesmo e salutar significado.
Cultivada em todo o mundo, existem catalogadas mais de 100 espécies e 800 variedades de crisântemos, que variam de acordo com a quantidade de pétalas e sua coloração, sendo a amarela a mais representativa do Japão por espelhar os dourados raios de sol.