O brasileiro está tomando mais chá. Divulgada pelo IBGE em agosto, a Pesquisa de Orçamentos Familiares mostra que o consumo da bebida cresceu 20 pontos percentuais em uma década, entre 2009 e 2018. Enquanto isso, os refrigerantes tiveram uma queda de 34 pontos percentuais e os sucos industrializados recuaram 42 pontos na preferência do consumidor.
Diz a sabedoria oriental que o chá é a bebida ideal para os momentos de busca por autoconhecimento e equilíbrio. No mundo dos negócios, a máxima se aplica à experiência que a empresa líder em vendas de chá artesanal no Brasil vem atravessando durante a pandemia. Maior e mais especializada rede do país com 34 lojas, a Tea Shop se viu, de repente, com 100% de suas operações físicas fechadas pelos decretos de isolamento nos estados.
A solução foi seguir o que a própria filosofia chinesa – país de onde vem a Camellia sinensis, a planta cuja infusão origina o chá – ensina. No século 4 a.C., o sábio Zhuangzi escreveu sobre a importância de lidar com a realidade, usando-a sempre a favor em vez de lutar contra ela. Foi o que a Tea Shop fez. Com agilidade, impulsionou os canais de atendimento a distância, aumentou em 580% as vendas online e implantou o delivery com bons resultados durante a pandemia.
Além disso, focou-se em comunicar as reconhecidas propriedades dos chás e infusões para a saúde, como, por exemplo, o reforço da imunidade e o combate à ansiedade que afetou muita gente. “Identificamos que uma das tendências pós-pandemia será a busca por mais saúde e bem-estar. Se antes muitas pessoas já se preocupavam com qualidade de vida, a tendência será cuidar ainda mais do corpo e da mente”, diz o CEO da Tea Shop, Michel Bitencourt, que também é tea sommelier. Em lives pelo Instagram, experts passaram a dar dicas sobre o preparo do chá e os benefícios da bebida.
De Porto Alegre, onde lidera as operações brasileiras da rede nascida há três décadas em Barcelona, Bitencourt começa a colher os frutos do novo momento. O interesse de novos parceiros aumentou. Através de uma estrutura própria de captação e seleção de futuros franqueados, a Tea Shop passou a receber consultas de pessoas que decidiram dar um novo rumo à vida após a turbulência da Covid, capitaneando o próprio negócio e empreendendo em um setor capaz de atender a um público que busca mais saúde e equilíbrio.
A tendência é de um salto ainda maior, impulsionado por um consumidor cada vez mais disposto a preferir uma bebida sem os açúcares e conservantes das opções industrializadas, aponta o empresário. “A franquia é um setor da economia brasileira que nunca parou de crescer, nem mesmo em tempo de crise. E há um nicho dentro desse setor para onde os olhares estão se voltando: a vida saudável”, lembra o líder da rede.
Na Tea Shop, mais de 130 mesclas são vendidas a granel e expostas em latas para manter o aroma e o frescor, compondo prateleiras de recipientes dourados que dão um aspecto visual único à loja. As folhas vêm das principais regiões produtoras do mundo e contêm selos internacionais que identificam a procedência e a adoção de técnicas sustentáveis de cultivo nos países de origem.
A Tea Shop fornece ao franqueado as ferramentas necessárias à gestão da loja e ao relacionamento com os clientes, além de uma estrutura de apoio que contempla desde o marketing nacional, treinamento constante e até suporte para a rede de franqueados administrar seus recursos humanos. O modelo de negócio prevê um investimento inicial a partir de R$ 175 mil para quiosques, R$ 200 mil para lojas de rua e R$ 250 mil para lojas em shopping centers, com faturamento médio entre R$ 70 mil e R$ 120 mil por mês e um tempo de retorno ao investidor estimado em 24 meses. Isso sem falar nos 30 anos de tradição da marca desde a fundação em Barcelona.
O modelo conquistou não só os consumidores do país, mas também franqueados que optam por investir em mais de uma operação. “Acreditamos no potencial da marca e, principalmente, nos baseamos nos resultados da primeira loja”, relata Adão Campos, que em menos de um ano abriu a segunda e a terceira loja em Belo Horizonte e já investe em outras operações no estado de São Paulo. Campos enumera três vantagens da marca Tea Shop: “O primeiro é a alta aceitação dos clientes, pela qualidade dos produtos comercializados, tanto os chás como os acessórios; o segundo é o prazer de oferecer algo bom para a vida; e o terceiro, a rentabilidade quando se foca e consegue atingir todo o potencial oferecido pela franquia.” O detalhe: ele seguiu os passos da filha, que já foi franqueada em Santos e agora ajuda o pai na operação das lojas.
Responsável por trazer a rede para o país há sete anos, Bitencourt – que também é um franqueado, com três lojas no Rio Grande do Sul – aponta uma quarta vantagem. “Empreender através de uma franquia é uma excelente opção, pois o negócio não parte do zero. Já é um modelo consolidado e o novo empreendedor recebe todo o apoio da franqueadora”, acrescenta o CEO da Tea Shop.
A Tea Shop tem lojas nos principais centros consumidores do Brasil, com operações em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Recife, Goiânia, Cuiabá, Vitória, Florianópolis, Santos, Gramado, Balneário Camboriú, Niterói, Vila Velha (ES), Caxias do Sul (RS) e Canoas (RS). No mundo são quase 100 lojas em seis países: Espanha, Brasil, Portugal, Argentina, Itália e Andorra.
Uma máxima que o CEO da Tea Shop faz questão de disseminar, inclusive nas próprias redes sociais, é a ideia de que o chá artesanal ou gourmet é um “luxo acessível”. “Tomando como exemplo o preço médio de R$ 32,00 por 50 gramas de chá e o rendimento, que é de 2 gramas por xícara, temos 25 xícaras de chá a um preço de R$ 1,28 por xícara. É mais barato do que um café em cápsula ou uma lata de refrigerante”, conclui. E o chá tem outras vantagens. Além de conter propriedades que fazem bem à saúde, oferece uma versatilidade de consumo maior do que qualquer outra bebida. Pode ser bebido quente ou gelado e é usado na gastronomia, no preparo de drinques e até cerveja.