Calma, não pode haver maldade em comer metaforicamente um balde de jaboticabas, afinal somos todos humanos e não existe resistência quantitativa quando a primavera chega e começa a estação mais deliciosa do pomar brasileiro. Esta fruta nativa da Mata Atlântica (Myrciaria Cauliflora/Plinia Cauliflora) tem seu nome originário do Tupi-Guarani (a fruta do jaboti) que nos leva ao êxtase ao mordermos sua casca e sentir a explosão daquela poupa branca adocicada nos pedindo apenas para reter suas sementes para fazer um tiro ao alvo no pote de apoio ao lado.
Muitos de nós nem se atrevem a recusar as sementes, porém causam possivelmente uma prisão de ventre, se considerado que as quantias ingeridas em média sempre ultrapassam as várias dezenas e dezenas de unidades. Não se iluda pensando que porque lavou e colocou suas queridas em um pote e deixou 30 minutos na geladeira que você está consumindo este fruto da melhor forma, em frente a televisão…
Não. A preferência nacional sem dúvida é consumi-la logo depois da chuva, in natura, no pé, lá no pomar, aí sim você estará fazendo jus a esta maravilha da natureza que tem baixas calorias, Zinco, Magnézio, Vitamina C, antioxidantes e algumas das vitaminas do complexo B. O chá das cascas do fruto pode auxiliar contra diarreias e dores de garganta. O fruto também pode ser encontrado nos mercados na forma de caldas, doces, sorvetes, geleias e licores.
Das dezenas de espécies, a Sabará e a Híbrida são as mais encontradas, sendo a segunda mais utilizada em vasos podendo ter ate´quatro floradas em um ano.
No mais nos atentamos que o termo Jaboticaba ou Jabuticaba está correto, o que pode “estar errado” é considerá-lo no singular (conceito do autor do post), pois deve ser escrito e entendido no plural, assim como é consumido, afinal uma só não faz o verão.