Fruto presente em quase todos os países, com exceção do continente antártico, a abóbora ou jerimum como é chamada na região Nordeste, a mais rica culturalmente do Brasil, não exige muito para o cultivo e dá o ano inteiro. Presente na culinária mundial, a abóbora tem ainda a vantagem de poder ser consumida em receitas doces e salgadas.
A China é o maior produtor deste fruto rasteiro que se espalhou por tudo o mundo, sendo usado inclusive na ração animal. O nome abóbora deriva do grego pepon, que quer dizer melão grande.
Hoje, dia 31 de outubro, é dia de abóboras para os americanos. Sem nenhuma tradição ou rito cultural nativo e marcante a oferecer ao mundo, a não ser o poderio da sua indústria, os Estados Unidos adotaram a abóbora como símbolo do Dia das Bruxas, O Halloween, em vez do tradicional nabo esculpido com o qual os irlandeses cultivavam este rito.
A escultura de legumes tem a ver com o mito de um homem chamado “Stingy Jack” que saía às ruas no período de Halloween que culmina com o dia 31 de outubro, Dia das Bruxas, prometendo travessuras. Então, acreditava-se que essas esculturas o assustaria. Até 1837, o “jack-o-lantern”, as lanternas do mito feitas de legumes decoravam as portas das casas irlandesas. Os imigrantes que se estabeleceram no novo continente, a América descoberta pelos espanhóis, substituíram os tradicionais legumes como o nabo pela abóbora, sempre mais abundante e barata, além de mais fácil de ser esculpida.
Então, são elas que hoje estarão nas portas das casas dos subúrbios, onde, tirando uma de Jack, crianças com fantasias, de preferência assustadoras ou de bruxas, lançam o famoso bordão em forma de pergunta: “doces ou travessuras?” (trick or treating?), trocando as travessuras pelos doces. Afinal, é dia de abóboras, preferencialmente das abóboras que, no Brasil, chamamos de abóbora moranga, madura, grande e mais fácil de esculpir.